Mulheres maravilhas e suas relações amorosas
Observamos nos dias atuais uma queixa muito comum entre as mulheres que são casadas e trabalham fora, que diz respeito a se sentirem sobrecarregadas. Relatam que seus parceiros amorosos não são fortes, participativos, dinâmicos. Em muitos casos não são os provedores principais da família.
Essa situação acaba gerando uma relação baseada na força de quem pode mais, o que acaba gerando verdadeiras guerras de cabo de aço.
O modelo de família composta por homem provedor e mulher dona de casa está cada vez mais raro de se encontrar na atualidade. Claro que existem, hoje em dia, muitas configurações de casais, famílias e grupos sociais. Porém, nos deteremos em conversar sobre este tipo de casal que vivem de um modo “contrário ao tradicional”.
É comum encontrarmos essa formação de pares, onde mulheres dinâmicas, provedoras e controladoras agem como se o companheiro fosse mais um filho, um colega, e as vezes um peso na vida. E esses homens, que muitas vezes, se comportam de uma maneira apática , sustentam sua despontencialização na segurança, na vaidade e na acomodação de se relacionar com uma mulher faz tudo.
Um alimenta a parte doente do outro e, muitas vezes, apesar de se amarem, construírem uma família e viverem numa relação com momentos felizes, também, é uma relação que gera discussões, acusações e desinvestimentos.
Os problemas começam a aparecer, normalmente, após anos de relação, onde um está cansado de ser o pilar, e o outro cansado de não existir nesta relação.
Sabemos que historicamente os homens saiam para caçar, se profissionalizaram e as mulheres ficavam em casa cuidando dos afazeres domésticos e dos filhos. Até mesmo nossas leis restringiam vários direitos das mulheres.
Entretanto, as coisas foram mudando, as mulheres conseguiram muitos direitos, saíram de casa, estudaram, foram para o mercado de trabalho. Não sentem que precisam permanecer numa relação que não a faz feliz. Muitas mulheres assumiram sua independência financeira e social.
Os homens, também, ganharam muitos direitos: o direito de chorar, de ficar em casa, de ter preguiça, de não precisar sentir que é o único provedor, de dividir as contas do jantar e da farmácia.
E nesse conjunto da obra, juntou a fome com a vontade de comer. Mulheres potentes, independentes, formando pares com homens mais sensíveis e pacatos.
Porém, as mulheres maravilhas começam a se incomodar com tantas tarefas e obrigações, pois assumem por completo uma casa, uma família e os filhos. Estes homens sensíveis e permissivos não têm força para se colocar, para se posicionar perante a vida, permitindo que suas esposas decidam por tudo.
E qual o resultado disso? Mulheres cansadas, extremamente soterradas, verdadeiras máquinas do serviço da casa, mãe e profissional.
A vida de casal fica em segundo plano, pois no fundo queriam que as tarefas fossem divididas, mas elas não permitem e não pedem ajuda a seus companheiros.
Percebemos que, rotineiramente, essas mulheres deixam a sexualidade, a intimidade e o feminino de lado.Vivenciam o interesse sexual do parceiro como mais uma obrigação. E não como prazer ou desejo do outro por elas.
Quanto ao próprio desejo, o próprio prazer, ele não existe. Pois ceder a paquera do parceiro é vivenciado pelas mulheres maravilhas como sendo oferecer a ele mais uma satisfação do que uma oportunidade delas próprias relaxarem.
Sabemos que na prática homens e mulheres vivenciam a vida sexual de outra maneira. Homens, normalmente, estão sempre prontos para namorar. Um problema cotidiano pode ter as tensões descarregadas numa prazerosa relação sexual. Já as mulheres precisam estar bem para namorar. Têm que ter tido um dia lindo, não estar cansada, depilada, malhada, unhas feitas.
Toda mulher maravilha no fundo quer ser cuidada, amada, desejada por seu super herói. Mas para isso, também, tem que retirar sua capa de heroína e deixar que o outro tome conta da relação.
Portanto, um bom termômetro de como está uma relação amorosa é se perguntar : O quanto eu admiro meu companheiro e/ou companheira?
Esta é uma pergunta chave, que temos sempre que ter em mente, tão importante quanto se perguntar se ama ou não ama uma pessoa.